sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Loucura&Sensatez


O que fazer, se já não sabemos bem quem somos,
O que pensar, se os pensamentos vão e vem como o vento,
Dizer o que, se aquilo que dizemos não se escreve,
Aonde iremos nos apoiar, se aonde nos direcionamos parece não ter chão,
Quem somos nós, quem sois vós, aqueles que pretendem viver?

Acontecimentos parecem se esquivar, denotar aquilo que há de se pensar,
Vai-se o dia, vem-se as noites, jornada a fora tudo é incerto, inócuo,
O pensamento que vaga pelo ar, como a sombra que habita a insensatez,
Uma guerra espartana vislumbra a vitória do querer, imaginar o que é ser,
Amor, glória, fé e paixão, aquilo que todo mundo anseia, devaneia,

A loucura está em nosso eu, todos provam desse antídoto, esse remédio,
Que atire a primeira pedra quem nunca enlouqueceu, esbravejou, amou
Se os atos dizem mais do que palavras, porque então esperar pelo amanhã?
Hoje será mais um grande dia, não há porque retardar o voto certo,
Quem vive só de palavras, de pura sensatez, não sabe o que é ser louco,
E, não saber o que é ser louco, é deixar de ser real, ah, doce sensata loucura!

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