terça-feira, 30 de junho de 2009

Humanização na busca por emprego

Tomei a iniciativa de escrever esse texto devido a uma situação particular vivida, porém a mesma que é vivenciada atualmente por inúmeras pessoas, ainda mais agora em tempos de crise, quando uma multidão vem, incessantemente, buscando por recolocação profissional.
Sem querer generalizar, até porque nem todos são assim, mas ultimamente tenho me deparado com pessoas no mínimo despreparadas para coordenarem processo de seleção em empresas, na maioria dos casos ainda, de grande porte. Alguns processos já foram concluídos, outros estão em aberto, porém ainda sigo firme na luta, como muitos amigos que estão na mesma situação, em todo caso, por onde passo me coloco à frente de diversos tipos de selecionadores, alguns atenciosos, educados, preocupados com o processo fazendo a verdadeira ponte real entre o candidato e a empresa, ou seja, um verdadeiro elo para aqueles que buscam se estabilizar em novos horizontes, com atitudes humanistas e precisas no que tange às necessidades de quem procura por emprego.
Afinal, quem gostaria de estar procurando emprego? Isso é um processo muito delicado, indesejado, eu costumo dizer que procurar emprego é o novo emprego para quem está desempregado e, enquanto o objetivo não se concretiza, o emprego a ser feito com carinho, atenção e respeito, é este!
Porém em grande parte das empresas, algumas até agencias de RH terceiras, tomam ações desconfortáveis para quem luta por um lugar ao sol, tais como:
- No mínimo não lêem o CV do candidato, pois quando chegam ao local da entrevista que vêem que tal pessoal não possui em seu CV características para a vaga anunciada;
- Candidatos são chamados uma, duas, três vezes, até quatro vezes para ‘conversar’, para depois ainda, sequer receberem uma posição sobre o processo final, só se sabe que não foram escolhidos depois de quase implorarem por e-mail ou mesmo por telefone por informações a respeito;
- Alguns lugares nem conversam com o candidato, não passam informações quaisquer, eu mesmo, certa vez, sai de Sorocaba-SP, fui até São Paulo - Capital, cheguei à agência de RH, pensei que fosse conversar com a selecionadora, mas, ela simplesmente pegou meu CV, agradeceu por eu ter levado o CV pessoalmente e me desejou boa viagem de retorno. (Bom, pelo menos desejou boa viagem). Nessa brincadeira fora gasto mais de 60 reais para ir até lá, para ter recebido um tratamento no mínimo irrisório, ainda mais para quem parte de outra cidade, enfim, faz parte.
- Aliás, esse é um dos pontos mais delicados para quem procura por trabalho, isto é, se uma pessoa está desempregada, é quando ela mais deve economizar, porém economizar como se pessoas são chamadas aos montes para comparecem para conversarem, conversarem, conversarem? Entendo também que há a necessidade do contato direto pessoal, mas algumas etapas não poderiam ser feitas por telefone? Ou até mesmo por Skype? Eu já fiz entrevista por Skype, foi ótimo, preciso, dinâmico e, o melhor, econômico!
- Outro caso infelizmente que acontece, é que muitos entrevistadores parecem abusar da posição confortável, se é que podemos pensar assim, por estar sabatinando alguém que pena pela dureza do mercado e aspereza de alguns que o compõe, esses que se sentem na posição de dizerem coisas desagradáveis aos candidatos, coisas do tipo desmerecer a última empresa trabalhada, o último registro em carteira, o salário, ou até mesmo um sistema utilizado na última empresa, até isso!
Olha, esses são alguns exemplos, se fosse citar todos precisaria escrever um livro. Mas, alguns que lêem esses e-mail, se tiverem a oportunidade de contratarem alguém na vida um dia ou mesmo conduzir uma entrevista de emprego, por gentileza, pense carinhosamente em fazer tudo ao contrário dos exemplos que passei. Não é de hoje que penso nisso, aliás, nem sei se eu serviria para conduzir um processo de seleção, pois eu penso demais nas pessoas e me coloco fortemente no lugar delas, devido a saber exatamente quão duro é procurar por recolocação e ser tratado muitas vezes, como o cachorro que fica sentado à mesa a espera de um osso a ser jogado.
É isso, pensemos a respeito e conversemos sobre com nossos amigos e pessoas próximas.

Um abraço a todos.
Rodrigo de Almeida Hogera

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Pesos e medidas em Sorocaba-SP


Há poucos dias atrás, culminou-se num imbróglio, o impasse ante ao aumento de salário pleiteado pelo sindicato dos motoristas de ônibus da nossa querida cidade de Sorocaba, objeto cujo veto fora exposto expressamente pelo nosso digníssimo prefeito, senhor Vitor Lippi, o qual alegou veementemente que o salário pretendido pela classe extrapolava quaisquer diretrizes econômicas orçamentárias da prefeitura.
Pois bem, em contrapartida, exatamente hoje, foi aprovado na câmara municipal e será promulgado brevemente pelo prefeito, a sansão do aumento do salário dele próprio de 24,16%, ou seja, seus vencimentos passarão de R$ 15.000,00 para R$ 18.982,63, exorbitando assim a meu ver, o orçamento da prefeitura no que tange a aumentos de salários, quiçá esse aumento possa ser livre perante aos projetos orçamentários, pois dificilmente em uma programação financeira deva ser preconizado percentual tão alto para salários já nitidamente expressivos.
É fácil defender causa própria com o poder em mãos, seria como se um advogado defendesse seu cliente ante a um magistrado que fosse seu ente querido, isto é, envolve-se um preciosismo explícito nessa questão, interesses e bem estar próprio, afinal, quem não gostaria de realizar a nós mesmos, aumentos de salários superiores a 20%?
Aliás, quem já obteve alguma vez na vida um aumento como este? Em uma mera comparação podemos notar quão divergente é esse assunto. Em uma grande empresa em época de dissídio, trabalhadores, com muita negociação, entraves e contrapropostas, etc., conseguem obter junto a suas empresas ganhos de no máximo 12, 13%.
Se formos comparar à classe aposentada então é irrisório, eles têm aumento de 5, 6, 7% para quem ganha até um salário mínimo e jocosos aumentos na casa dos 2, 3% àqueles que ganham mais de um salário mínimo, hipoteticamente no caso dos aposentados o governo parece defender a defasagem até que um dia todos os aposentados do Brasil ganhem um salário mínimo, enfim, as disparidades são escancaradas, estão aí e só não vêem àqueles que fazem vista grossa.

Fiques atentos aos fatos que ocorrem em nossa volta!

Um abraço a todos.
Rodrigo de Almeida Hogera

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Padecer da experiência


Todos os dias nos deparamos com situações desagradáveis no que tange ao assunto tratamento aos mais velhos. Basta abrirmos o jornal ou navegarmos na internet para lermos notícias infames em que pessoas nitidamente demonstram falta de respeito com quem mais deveriam ter, fato esse que apregoa um dos maiores, senão o maior, despeito para com o nosso semelhante já expressamente calejado pela experiência vivida.
Essa semana, mais precisamente ontem (16/11/09), um senhor de 89 anos fora encontrado em situação calamitosa dentro de uma casa para idosos aqui em Sorocaba/SP, essa que por sinal não possuía alvará de funcionamento, juntamente de outros idosos, porém, o fato marcante é que esse idoso vinha sendo tão mal amparado que teve de sair direto do abrigo para a unidade de emergência do hospital regional local, aonde veio a sucumbir ante a um quadro de insuficiência respiratória e outros problemas ocasionados pela idade e mal zelo de sua saúde por parte dos responsáveis, ou, irresponsáveis, no caso, diga-se de passagem, casa de idoso essa que não tinha sequer um médico cuja responsabilidade pudesse lhe ser aferida, isso é ridículo.
Meu Deus, a que ponto nós chegamos se não respeitamos nem os mais velhos? O que será de nossos pais, nossos avós, de nós mesmos, se esse conceito não mudar? Por isso o Japão é exemplo para muitos países, uma vez que lá, o idoso, velho, ancião, como quer que seja, é tratado com todo o respeito do mundo, ou simplesmente como merece, pois segundo a cultura japonesa, eles representam o passado personificado em ações do presente, ou seja, o que fazemos hoje se promulgará para o futuro, então, são imensamente valorizados como pessoas que já contribuíram muito para a evolução da espécie, concomitantemente tornando-se sábios e merecedores do nosso afeto, carinho e devoção.
Na minha concepção não tem muito segredo. É uma questão de atenção, cuidado e afeto a quem muito fez por nós, afinal, se somos o que somos, se temos o que temos, é porque alguém de uma certa forma, contribuiu para conseguirmos galgar degraus para atingirmos o patamar em que hoje estamos, assim sendo, nada mais justo, coerente e humano, ser grato e retribuir da melhor maneira possível com as pessoas mais experientes, colocando-nos em seu lugar também, ou seja, não façamos a eles, coisas desagradáveis e degradantes que não gostaríamos que fossem confessadas a nós no futuro próximo, é simples!

Um abraço a todos!
Rodrigo de Almeida Hogera

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Mais uma vez


Inicia-se a semana, o dia, a vida se renova, se denota
Que o senhor Deus esteja conosco, envolto, supremo
A benevolência seja marca maior do nosso dia, com muita alegria
Digamos bom dia, sejamos fraternos, amigos, sinceros, eternos
Esmorecer e desistir jamais olhe para trás e vejas o que percorrestes
Estenda a mão ao seu irmão, perguntai se necessitas de ajuda
Solidarize, pense no próximo, coloque-se no lugar de outrem
Não julgai e não serás julgado, dissemine a paz e a paz o entrelaçará
Se quiser, diga o que pensas, mas pense que o que diz não voltas atrás
Deseja o melhor ao seu semelhante, e bem-aventurado sejas tu.

Abraços!
Rodrigo de Almeida Hogera

quarta-feira, 10 de junho de 2009

A vida a modo de cada qual



A vida corre a uma velocidade incrível, tal qual a um trem bala que percorre a quilômetros por hora, tanto que muitas vezes não nos atentamos a algumas passagens vividas e, acabamos por perder a parada em algumas estações.
Desde que o mundo é mundo e, que se estabeleceu que em um terreno vivesse mais de uma pessoa, passou a existir a competição, a ambição, o anseio de querer ser o melhor, de ser admirado e aquele que pode ser escolhido em meio a outros, desde que haja essa segregação a ser preconizada, é a lei da vida para alguns, para outros nem tanto, mas infelizmente é assim que é.
Na verdade muitos de nós não têm a noção de que a vida é uma passagem, essa que um dia se finda, aliás, a única certeza que temos em vida, é que um dia partiremos, sucumbiremos ante a carne e personificaremos em outra estância ainda desconhecida para muitos, ou, para quase todos, afinal, só quem se foi para saber substancialmente o que se passa no lado de lá.
Eu nunca entendi o modo como muitas pessoas vivem e, hipoteticamente seja melhor nem buscar introspecção no que tange a esse parecer, mas é triste ver e sentir que seres humanos, alguns até ao nosso próprio redor, não medem esforços para se beneficiarem ou serem bem vistos aos olhos daqueles que tem poder, ou seja, sem pudor a si próprio, semeiam a discórdia, a intriga, a mentira, a insinceridade, o egoísmo, a ignorância, arrogância, dissimulação, covardia e o mau caráter devido a não sentir peso em sua consciência por fazer o mal ao seu semelhante, tudo para galgarem degraus ostensivos familiarizados com o dinheiro e o poder e unicamente com o bem estar próprio, ou seja, famoso “cada um que veja o seu e salve-se quem puder”.
Porém, nem todos são iguais, o que eu tenho a comentar, se não for intromissão, é para que procuremos viver a vida da melhor maneira possível e fazer de tudo para extirparmos dos nossos atos as atitudes negativas citadas acima, afinal, se o infortúnio do fim da vida pode ocorrer a qualquer momento, por que então não a vivermos procurando disseminar a paz, a alegria, a fé, o amor, a amizade, a sinceridade, esperança, hombridade, a benevolência, a agregação e a justiça? É tão mais valioso e gratificante sentir que as pessoas têm confiança e se sentem confortadas próximas a nós... Ou será isso tudo objeto de equívoco sem medida? Eu quero crer que não.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Copa de 2014 no Brasil?!


Domingo último (31/05/09), foram divulgadas as cidades que serão sedes da copa de mundo de 2014, esta, como quase todos sabem, será realizada em solo brasileiro.
Eis a questão - Estaríamos aptos a sediar um evento cuja grandiosidade ilimita esforços financeiros para tal, ante aos diversos assuntos sociais, econômicos e até políticos pendentes? - Na verdade isso ainda é uma incógnita. O certo é que sediar uma copa não significa tão só e unicamente tornar o país uma vitrine mundial positiva, mas concomitantemente serve também para aflorar a apresentação de um rol de questões que podem ser consideradas aquém às necessidades de bem estar do povo.
Perguntas divergentes como, a quantas andas a nossa saúde? Tendo em vista o atendimento nefasto que muitas pessoas recebem através da nossa rede pública de saúde (SUS), sintetizado como um exemplo recente, as reportagens veiculadas em vários canais de televisão, mostrando pessoas sucumbindo em filas e mais filas em meio a corredores de hospitais em Salvador-BA, dentre outros milhares de lugares que passam pela mesma situação aonde as lentes dos repórteres não alcançam, principalmente em cidades do norte/nordeste e, nas cidades do interior de todos os estados e, essa é apenas uma das questões a serem repensadas.
Existem inúmeras situações que devem e/ou deveriam, ser melhoradas ou até priorizadas no que tange à Constituição Federal acercada aos 05 princípios básicos do brasileiro que são: da inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, ou estariam esses objetos de direitos fundamentais, atendendo perfeitamente as necessidades do povo brasileiro? Hipoteticamente é fácil analisar-se que não.
Pois bem, antes de pleitear-se o anseio de sediar-se mais uma copa, não seria mais coerente focar o melhoramento e o cumprimento real dos direitos dos cidadãos? É uma questão complexa e digna da introspecção de cada um.

Um abraço a todos.

Rodrigo de Almeida Hogera