quarta-feira, 17 de junho de 2009

Padecer da experiência


Todos os dias nos deparamos com situações desagradáveis no que tange ao assunto tratamento aos mais velhos. Basta abrirmos o jornal ou navegarmos na internet para lermos notícias infames em que pessoas nitidamente demonstram falta de respeito com quem mais deveriam ter, fato esse que apregoa um dos maiores, senão o maior, despeito para com o nosso semelhante já expressamente calejado pela experiência vivida.
Essa semana, mais precisamente ontem (16/11/09), um senhor de 89 anos fora encontrado em situação calamitosa dentro de uma casa para idosos aqui em Sorocaba/SP, essa que por sinal não possuía alvará de funcionamento, juntamente de outros idosos, porém, o fato marcante é que esse idoso vinha sendo tão mal amparado que teve de sair direto do abrigo para a unidade de emergência do hospital regional local, aonde veio a sucumbir ante a um quadro de insuficiência respiratória e outros problemas ocasionados pela idade e mal zelo de sua saúde por parte dos responsáveis, ou, irresponsáveis, no caso, diga-se de passagem, casa de idoso essa que não tinha sequer um médico cuja responsabilidade pudesse lhe ser aferida, isso é ridículo.
Meu Deus, a que ponto nós chegamos se não respeitamos nem os mais velhos? O que será de nossos pais, nossos avós, de nós mesmos, se esse conceito não mudar? Por isso o Japão é exemplo para muitos países, uma vez que lá, o idoso, velho, ancião, como quer que seja, é tratado com todo o respeito do mundo, ou simplesmente como merece, pois segundo a cultura japonesa, eles representam o passado personificado em ações do presente, ou seja, o que fazemos hoje se promulgará para o futuro, então, são imensamente valorizados como pessoas que já contribuíram muito para a evolução da espécie, concomitantemente tornando-se sábios e merecedores do nosso afeto, carinho e devoção.
Na minha concepção não tem muito segredo. É uma questão de atenção, cuidado e afeto a quem muito fez por nós, afinal, se somos o que somos, se temos o que temos, é porque alguém de uma certa forma, contribuiu para conseguirmos galgar degraus para atingirmos o patamar em que hoje estamos, assim sendo, nada mais justo, coerente e humano, ser grato e retribuir da melhor maneira possível com as pessoas mais experientes, colocando-nos em seu lugar também, ou seja, não façamos a eles, coisas desagradáveis e degradantes que não gostaríamos que fossem confessadas a nós no futuro próximo, é simples!

Um abraço a todos!
Rodrigo de Almeida Hogera

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