sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Visionários

Quando nossos pais eram crianças, eles já viviam rodeados de questões, para muitos, assombrações a respeito do futuro incerto, afinal, depois da década de 60, o país, ou melhor, o mundo, passou a viver uma aceleração contínua e irrestrita no que tange a modernidade em seu sentido próprio e retilíneo por assim dizer.

Não é exagero dizer, que há 50 anos atrás, as preocupações com o que estaria por vir já era evidente. O pai do meu avô, um homem sábio para a época já dizia que o homem pagaria um preço alto por uma modernidade pré-estabelecida e que seriam seus filhos àqueles que sofreriam sansões negativas ante aos seus próprios anseios e, sem medir palavras, ele dizia que chegaria uma hora que o homem teria tudo, mas que não teria nada – Porém o que queria ele de fato, der dito com isto? (...)

Infelizmente eu não pude ter contato com ele, tão logo não tive o prazer de conversar com um homem além do seu tempo vivido, mas, pelo que penso, ele quis traduzir de uma maneira singela, que o ‘homem moderno’ trabalharia tanto, estudaria tanto, se preocuparia tanto com o poder aquisitivo, com status e vaidade, que deixaria de lado o sentido humano em seu mais sucinto objeto, que seria o valor a vida e às pessoas que a permeiam.

Então não é de hoje que seres humanos com sentido aguçado prevêem algo triste ou avassalador que está por vir. Antigamente esses homens eram raros e, previam fatos como esses de maneira simples e visionária, diferentemente de hoje que vertem da terra estudiosos políticos, sociais e cientistas que fazem previsões através de estudos e estatísticas.

Porém, de uma forma ou de outra, os dados devem ser apreciados com carinho. Vivemos em um mundo com intensa velocidade sócio-econômica, onde pessoas estão despreparadas para o dia de amanhã, só vêem o próprio umbigo e não enxergam a um palmo dos olhos. Lembremos da frase: “Do pó vieste, e ao pó voltará”.


Nenhum comentário: